O belo parreiral em Morro do Chapéu (396 km de Salvador) tem sido um laboratório para os estudantes dos cursos técnico em Agropecuária do Centro de Educação Profissional em Saúde e Meio Ambiente e Recursos Naturais Centro Baiano Jubilino Cunegundes (Ceep). Graças a uma parceria da unidade escolar com a Associação dos Produtores e Criadores de Morro do Chapéu e Regiões, os estudantes estão fazendo o estágio curricular nas plantações de uvas e outras frutas tropicais da região. Ao colocar em prática tudo o que aprenderam no curso, os alunos ampliam a preparação para o futuro exercício profissional.
Na atual etapa do estágio, os estudantes estão participando da colheita das uvas que serão utilizadas na fabricação de vinhos e espumantes. De acordo com a orientadora de estágio do Ceep, Daniella Sacramento, durante o período de estágio, que vai de um a três meses, os estudantes aprendem todo o manejo das frutas como poda, adubação e colheita, além de outros conhecimentos. “O estágio é muito importante porque eles adquirem experiência profissional e aprendem o que o mercado exige. Além disso, percebo que existe um grande crescimento deles, pois amadurecem, passam a ter mais responsabilidade, postura profissional e compromisso”, destaca.
Jasiel Xavier Santos, 19 anos, conta que o estágio está mudando a sua vida. “Fui convidado pela Associação para fazer um intercâmbio de três meses em Portugal e estou muito feliz pela oportunidade porque vou saber como funciona a produção de uvas lá e trocar experiências que vão me ajudar muito na minha futura profissão”, diz animado o estudante da zona rural, que deverá viajar até o início de 2017.
Seu colega Jardel Carvalho, 17, também conta que está gostando muito do estágio. “Busco absorver o máximo de conhecimento possível para o campo profissional”, afirma. Já Gabriel Oliveira, 18, diz que “além da uva, aprendi sobre os tratos culturais do pêssego, ameixa, maçã, pêra e abacaxi e isso aumentou meus conhecimentos técnicos”.
Os estudantes estão planejando ações de intervenção na comunidade a serem desenvolvidas após o curso. “Vamos fazer oficinas e atividades relacionadas ao curso em escolas públicas da nossa região para passar um pouco do nosso conhecimento adquirido e, também, recolher lixo orgânico para o preparo do solo das hortas que iremos implantar nas escolas”, explica o estudante Márcio da Paz, 21.
Fotos: Divulgação